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É difícil falar sobre propósito sem parecer um tom de julgamento, mas observamos que, na maior parte dos nossos relacionamentos, sejam eles profissionais ou pessoais, nos deparamos com pessoas que não sabem o que fazem e o porquê fazem. Essa falta de clareza sobre o que queremos entregar a este mundo como seres humanos nos afasta de desejos e de ambições que nem nós mesmos sabemos que temos força e/ou capacidade para realizar.

Durante uma semana passamos por uma imersão em business e innovation na Barry University, em Miami, que nos fez refletir sobre o quanto devemos nos apropriar das causas que achamos relevantes para construirmos algo maior.

Sabemos que as empresas vivem de lucro e devemos olhar para isso sem julgamento, pois o fato é que todos nós buscamos aumentar os lucros do nosso CPF, então, nesse ponto nada nos difere de outras empresas. A questão é tomar consciência que os negócios são construídos por pessoas e que podemos continuar a busca pelo lucro desde que de forma sustentável e com preocupação pelo futuro de todos.

Um dos cases mais interessantes que estudamos, sob o meu ponto de vista, foi o da Zappos, uma empresa que vende sapatos pela internet. Em parte semelhança a várias empresas de e-commerce no Brasil, a Zappos oferece a possibilidade de devolver os itens para troca, porém o diferencial do negócio é que os clientes podem receber todos os pares de sapatos em casa para escolher e ficar somente com o que quiser. Imagine receber dez pares de sapatos em casa, escolher ficar somente com um e devolver os outros, via aplicativo, sem burocracia e sem a necessidade de justificar porque não ficar com os demais. Além do modelo de negócio já oferecer conforto e comodidade aos clientes, ainda aumenta a sua fidelização. Mas não para por aí, como profissional da área de desenvolvimento humano, o encantamento pela Zappos aconteceu ao estudarmos a sua cultura organizacional. O principal critério de seleção da empresa é conectar colaboradores alinhados aos seus valores e propósito: entregar um serviço “A” com agilidade aos clientes.

Como isso se dá na prática? Os colaboradores que entrarem na empresa e não se identificarem podem pedir demissão que terão o seu salário do mês integralmente pago, independente do número de dias trabalhados. A empresa não quer que as pessoas sejam infelizes com o trabalho. Para aqueles que não se adaptam à função, os únicos questionamentos são se gostam da empresa e estão alinhados ao propósito. Quando conectados ao negócio, todas as medidas para mudança de função são tomadas e os gestores são treinados para buscar novas áreas para que o colaborador possa ter sucesso. Existe uma crença verdadeira de que as pessoas com os valores certos só não apresentam bom desempenho se estiverem nas posições erradas.

Em 2014, após a participação de uma das executivas da Zappos em um evento com grandes marcas nacionais sobre encantamento do cliente, a revista Exame Negócios publicou uma matéria inspirando os brasileiros a seguir os passos da empresa. Com um faturamento de aproximadamente US$2 bilhões, a Zappos mudou a sua estrutura organizacional para o modelo de holocracia, eliminando o modelo tradicional de comando e controle. A nova estrutura reduz a hierarquia e promove a autonomia e a autorresponsabilização, trazendo agilidade nas soluções.

Com este case ficam duas provocações: Será que a sua empresa teria a mesma postura e/ou capacidade de se reinventar? Como colaborador, você tem clareza do seu propósito para buscar empresas que ofertem os mesmos valores que os seus?

-Lidiane Miquilini Alves (Founder e Head Management)

Nosso propósito (P2B), é descobrir, incentivar e induzir esse tipo de cultura empreendedora na gestão das empresas através de métodos que permitem uma visão inovadora de desenvolvimento pessoal e institucional.

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